Uppruna mál: Portugisiskt brasiliskt
A ROSA E A PEDRA
Dizes a mim que por aquilo que viveste
Teu coração não é agora mais que rocha.
Sinto, contudo, no sofrido bater deste
Haveres no peito um botão que desabrocha.
Carregas sobre o rosto a máscara robusta
Cujo peso ainda mais te fere e causa dor.
Seria mesmo coisa natural e justa
Escondê-lo de quem te revela o amor?
Quando singra afinal meu beijo tua face
Teu corpo treme nos meus braços, sem intento,
Como se a suave brisa do mar passasse
E tu, pequena flor, cedesses um momento
Desfazendo num átimo o longevo impasse:
As rosas, não as pedras, balançam ao vento...