Cucumis - Serviço de tradução on-line gratuito
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Oceanos onde mergulho...

Oceanos onde mergulho...

Novembro de 1975: O êxodo final dos portugueses de Angola. Um avião a abarrotar de pessoas e excesso de carga aproxima-se de São Tomé atravessando o Golfo da Guiné. Lá dentro, silencioso no meio da multidão, um casal jovem de mãos dadas, finge que dorme. José, engenheiro agrícola, especialista em plantações de café, preocupado com o futuro. Luísa, professora, desta vez não pensa em alunos: só se preocupa com a criança que transporta e que começa a dar sinais de querer nascer. O médico, em Luanda, bem tinha desaconselhado a viagem. A bordo, tinham-se informado, não havia médicos. Só as hospedeiras, a sua simpatia e os seus conhecimentos de primeiros socorros.
No meio dos pensamentos, José sente ao longe um aperto na mão.
– Luisa? Estás bem?
– Acho que isto vai começar... Quanto tempo falta para São Tomé?
– Uma hora ou mais. Vou saber. Por favor, mantém-te calma. – Levantou-se. Mas uma das hospedeiras estava atenta. Sabia e sentia o que se passava. Fez-lhe sinal para se sentar e aproximou-se.
– Tenho estado a observar a senhora. Mantenha-se calma. Vamos reclinar mais essa cadeira. Respire pausadamente, como quem se prepara para dormir. Falta menos de uma hora para a escala em São Tomé, mas eu vou confirmar à cabine. Já volto.
Demorou poucos minutos para informar, sorridente, que ventos favoráveis tinham encurtado o tempo de viagem e que, dentro de 45 minutos estariam nas ilhas. O comandante já tinha informado o aeroporto e já estavam a providenciar a assistência à grávida.
Nasci em plena pista de aterragem! Isabel, a hospedeira-parteira e minha madrinha de baptismo, foi de uma eficiência notável, pelo que me contaram, sim, porque eu, nessa altura, só sabia berrar como um cabrito...
Em São Tomé foi espectacular como as pessoas, recentemente envolvidas no processo de independência, que seria suficiente para justificar algum alheamento, senão mesmo hostilidade, dedicaram tanto carinho àquela família desamparada – diria abandonada – em terras desconhecidas.
O carinho e o apoio foram de tal ordem que por lá ficámos! Continuamos a ser portugueses mas, em tudo o mais, somos de São Tomé! Com muito orgulho!
Minha mãe tem seus alunos. Meu pai seus cafezais. Eu, depois de estudos em Lisboa, trabalho na informática de que este país tanto precisa.
Mas do que gosto mesmo é deste mar fabuloso! Só vendo: não dá para contar!...

Podem começar a espreitar e a divertir-se com uma tradução de alemão para português ( que não é minha! ... ) em: São Tomé.
E vejam também o site oficial: Turismo STP.
Mas, o que recomendo MESMO para ficarem com uma ideia firme e científica, é este: ECOFAC.

Abraços!

Oceom (OCEanos Onde Mergulho)

Com tanta "empolgação" para apresentar S. Tomé, deixava esquecida a minha apresentação... E foi assim:

Quando o funcionário da embaixada perguntou ao meu pai que nome dava ao recém-nascido, ele afivelou o seu sorriso mais largo para dizer:

- TOMÉ! Que outro poderia ser?