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EVEREST
Diante do amor, ó poeta, és tão pequenino,
Que de sua imponência escutar-te não pode,
Tornando assim vã a pequena e bela ode
Que lhe fizeste com tua alma de menino,
Por não ser teu o sentimento que enalteces,
O mesmo amor que tão teu parecer pudera!
É tal como a esperança que a miragem gera,
Para ver olvidadas, enfim, as tuas preces.
Não terás, vate, na linha de tua sina
O grande amor que teu sentido tanto anseia,
Pela verdade que o destino sábio ensina.
Olha, portanto, em torno do que te rodeia:
O amor é a grande onda de fúria felina,
E tu, não mais que um indefeso grão de areia...