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Poesias, Poemas e afins.

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Autor
Mensagem

22 Janeiro 2009 17:30  

Sweet Dreams
Número de mensagens: 2202
E quando for, vou almoçar com vocês, hehe
 

22 Janeiro 2009 20:20  

thathavieira
Número de mensagens: 2247
Êba! Hehehe...
 

9 Fevereiro 2010 21:16  

Menininha
Número de mensagens: 545
Sabe quanto vale?

Dez minutos da minha vida
Eu te pedi nove minutos
só oito minutos
E diz que não posso errar?
Apagaram tudo, o dia tá cinza
Pintem o muro, de vermelho
sou inteligente
mas não é o suficiente
o muro continua cinza
mas a distância estanca,
como o tempo cura
só mais sete minutos
devia te deixar
mas vou continuar ...
só mais seis minutos
tudo é palavra
mentiras ou verdades
são só palavras
só cinco minutos
O mesmo mar Amós Oz
no fim estamos sozinhos
e no inicio e no meio...
sempre sozinhos rodeando
pelas palavras e versos
as ilusões de não parar
já estou terminando
apenas quatro minutos
para não ficar
de não estar
não querer
releve
mas revele
cai no chão
arrepio da manha, de manhazinha
arrepios que nunca vejo
mas posso sentir
apenas três minutos
revele
mas releve
que isso valha para todas as pessoas
nunca é cedo, onde estou?
me restam dois minutos
como suas músicas me atingem
como sou vulnerável
partes de mim são fracas
e não estão escondidas
ficou apenas um minuto
fico ridícula
mas ninguém disse
como seria
E você se vai...

Menininha [ Jan-2008 ]
 

9 Fevereiro 2010 20:22  

Sweet Dreams
Número de mensagens: 2202
Menininha!
Obrigado por actualizares este tópico e dares-lhe de novo vida. Seria uma pena ele ficar arrumado de lado.


Nostalgia

Nesse País de lenda, que me encanta,
Ficaram meus brocados, que despi,
E as jóias que plas aias reparti
Como outras rosas de Rainha Santa!

Tanta opala que eu tinha! Tanta, tanta!
Foi por lá que as semeei e que as perdi...
Mostrem-se esse País onde eu nasci!
Mostrem-me o Reino de que eu sou Infanta!

Ó meu País de sonho e de ansiedade,
Não sei se esta quimera que me assombra,
É feita de mentira ou de verdade!

Quero voltar! Não sei por onde vim...
Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra
Por entre tanta sombra igual a mim!

Florbela Espanca
 

11 Março 2010 22:43  

Oceom
Número de mensagens: 98
Depois de mais de um ano sem intervenções, é bom ver este "cantinho" ressuscitar, digamos deste modo...

Permitam-me, então, que preste uma homenagem à Menininha que nos brindou com um poema lindo, capaz de nos tirar o fôlego! Obrigado!

O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.

'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!


Mário de Andrade
 
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